To sem dinheiro, mas divide em 10x no cartão…

“Vish, deu ruim esse mês”, diversas vezes essa não é a frase dita ao ver a fatura do cartão, percebendo que ela não será paga integralmente? Em uma cultura que incentiva o consumo, é muito comum a compra de coisas que não são prioridades no momento, apenas por uma questão de status, aproveitando uma promoçãozinha, afinal, divide em 10x, como dito no filme clube da luta “nós compramos coisas que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas que não gostamos”.

Talvez esse não seja o seu caso, afinal, também é verdade que a situação econômica do Brasil não anda na sua melhor época com o índice de desemprego alto e um mercado com alta demanda de empregos, mas, com uma oferta insuficiente para suprir essa demanda. Para fazer as compras do mês, talvez o cartão de crédito seja a única solução.

Seja como fruto do consumismo, seja fruto de crise. A verdade é que a taxa de inadimplência em cartões é alta, e o pior, essa é uma dívida que vira uma bola de neve. Com uma taxa de juros extremamente alta, muitas vezes o consumidor não sabe o que fazer para solucionar esse problema.

Cartão
Fonte: Imagem Internet

Enquanto isso na sala de justiça, nem tudo está perdido e há algumas alternativas que você pode tomar para resolver seu problema com o cartão.

Sobre a taxa de juros

Primeiramente, é importante entender a importância de se controlar e não deixar a fatura estourar, no sentido de evitar que a prestação fique com um valor superior ao que você conseguirá pagar. A taxa média do rotativo no cartão de crédito é, em média, 298,6% ao ano, o que equivale, aproximadamente a 24,88% ao mês, isso é, quando se paga o valor mínimo da fatura. Quando não se paga nada da fatura, a taxa de juros é de, aproximadamente, 313,6% ao ano, o que equivale a 26,13% ao mês. 

Beleza, te falei um monte de taxa, mas, o que isso significa exatamente? Isso significa, basicamente, que uma dívida de R$ 1.000,00 pode passar para R$ 1.261,33 em um mês, R$ 1522,67 em dois e R$ 1.784,00 em três e mais que dobrar, chegando a R$ 2.045,33 em apenas quatro meses. Isso desconsiderando possíveis multas cobradas pelas operadoras, ou seja, a dívida pode sair ainda bem maior.

Luz no fim do túnel

Nem tudo está perdido, a melhor solução quando se percebe que não vai conseguir pagar o valor total da dívida é entrar em contato com o agente financeiro antes mesmo do vencimento da prestação e negociar a dívida. Lembre-se, quanto mais você deixar passar o tempo, maiores serão os juros em cima da sua dívida.

Não fique receoso, o agente financeiro é o maior interessado em que você pague direitinho, afinal, perder um cliente nunca é vantajoso. Entre em contato e veja a melhor proposta que eles podem fazer, analise bem antes de fechar o acordo. Veja, também, no seu banco se existe alguma opção de empréstimo e/ou adiantamento de salário e compare as taxas de juros, muitas vezes compensa mais fazer um empréstimo que pagar a taxa do cartão.

Prevenir é melhor que remediar

Pra que deixar chegar nesse ponto, não é verdade? Planeje antes de realizar suas compras, evite fazer compras desnecessárias. Saiba com que você está gastando, assim conseguirá planejar onde realizar cortes, quando necessário. Outro ponto, não há necessidade de juntar muitos cartões de crédito, tenha um ou, no máximo, dois. Esteja sempre analisando seus gastos, e tenha sempre o cuidado para não extrapolar e manter a fatura sempre dentro de sua renda.